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Impactos da Pandemia na indústria de embalagens

Impactos da pandemia na industria de embalagens

A pandemia do coronavirus atingiu diversos setores da economia, a indústria de embalagens não ficou de fora.  A projeção do FMI é de que os países mais ricos tenham uma retração na atividade econômica de 6,1%, enquanto as atividades dos países emergentes e das economias em desenvolvimento deve recuar 1%. Para os EUA, a estimativa é de uma retração de 5,9%. Já para a China a previsão é de uma alta de 1,2%, após um crescimento de 6,1% em 2019.

Os prejuízos foram tantos que algumas empresas de embalagens até fecharam as portas. O mercado sente a crise com a falta de matéria-prima e a inflação dos preços.

Porém as maiores perdas foram humanitárias, e estas são irreversíveis.

Impactos da pandemia na industria de embalagens
Covid-19

Os impactos da pandemia na indústria de embalagens ocorreram de forma sistêmica, como um efeito dominó. A quarentena levou empresas do ramo a paralisarem suas atividades ou reduzirem sua capacidade de atendimento. O desajuste de mercado causado pela pandemia de coronavirus provocou também a falta de polímeros de plástico, que é a principal-matéria prima utilizada para produção de embalagens. Dentre as consequências da escassez de matéria prima no mercado, a principal foi a inflação dos preços, alguns materiais chegaram a aumentar 50%.

 

Interrupção das atividades produtivas

Devido a pandemia covid19 muitos dos fornecedores de embalagens reduziram ou paralisaram suas atividades. Com a quarentena e os decretos do governo aliado a falta de demanda, foi preciso se adaptar.

“Os impactos da crise causada pela pandemia da covid-19 são intensos e disseminados pela indústria. A queda da demanda forçou uma redução sem precedentes da atividade industrial, que levou a utilização da capacidade instalada ao menor nível já registrado na série mensal”, afirma  pesquisa da CNI

 

Escassez de plástico no mercado

Após o pico da pandemia, em meados do ano de 2020, o mercado começa a esboçar uma retomada. Porém a confiança de que a indústria de embalagens voltaria a funcionar corretamente não dura muito tempo.

As principais matérias primas para fabricação de embalagens, que são o PEBD, PP, PL, PE, PVC e o BOPP entram em escassez.

O motivo para a falta dos materiais são vários, aliados ao desajuste de mercado, a alta repentina da demanda e a redução das atividades produtivas.

A Braskem, empresa brasileira do ramo petroquímico e principal produtora de resinas termoplásticas do país, publicou um comunicado ao mercado em setembro informando sobre a alta demanda de resinas e seu funcionamento em capacidade máxima para atender o mercado.

 

Inflação dos preços das matérias primas

 

A escassez de matéria prima levou o mercado a seguir uma regra antiga na definição dos preços: ‘Oferta e Demanda’.

“Não bastasse a pandemia do coronavírus ter derrubado a demanda e, por consequência, a produção das empresas, agora a indústria sofre com uma alta de até 35% dos insumos utilizados no processo produtivo, além da escassez de alguns suprimentos”, afirma a Folha de São Paulo.

 

O Filme stretch, película flexível feita de PEBD (Polietileno de baixa densidade), utilizada no embalamento de volumes para o transporte, subiu cerca de 35% entre os meses de junho e setembro. A Fita adesiva personalizada, material feito em BOPP (Polipropileno Biorientado), utilizada para fechamento de caixas, também sentiu os impactos da alta dos preços de embalagens e subiu cerca de 37% no mesmo período.

 

Bibliografia:

https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/economia/coronavirus-causa-queda-sem-precedentes-na-atividade-industrial/

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/08/pandemia-distorce-custos-da-industria-e-cria-ambiente-para-alta-da-inflacao.shtml

https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/08/24/falta-de-pvc-atinge-os-fabricantes-de-plasticos.ghtml

http://www.braskem-ri.com.br/detalhe-comunicados-e-fatos-relevantes/braskem-comunica-sobre-normalizacao-de-suas-operacoes

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